Bali e Nusa Lembongan, INDONÉSIA
Vi umas fotos de Bali e me apaixonei. Enfiei na cabeça que tinha que conhecer o local e namorei a proposta por anos sem saber quando teria dinheiro e tempo para ir a esse lugar fantástico. De repente, surgiu uma promoção de passagens para Tailândia, simulei a volta por Bali e assim fiz: Brasil x Tailânida - Indonésia x Brasil. Só havia comprado as passagens de ida e volta. Algumas semanas antes fiz uma prévia de quanto tempo precisaria em Bali, quais os eventos locais, tirei umas dúvidas com os Couchsurfers da região e comprei pela AirAsia a passagem de Banguecoque para Bali. As dicas de Bali, eu sou extremamente agradecida a Fabien (couchsurfer) que me orientou na escolha do roteiro segundo minhas preferências. Durante a viagem, nós vamos conhecendo pessoas sensacionais que nunca mais veremos, mas que naqueles poucos momentos contribuem para compartilhar experiências e te indicar os locais imperdíveis.
Estava eu em Banguecoque, de onde peguei meu vôo para Bali-Denpasar. A saída foi do aeroporto Don Mueang, estava prevista para manhã bem cedo. Uma vez que a AirAsia só recebe a bagagem de porão no dia do vôo, independentemente do horário, deixei a bagagem no guarda-volumes do aeroporto por 75bath por peça para cada 24h e pernoitei no aeroporto mesmo. Achei uma tomada disponível, havia wi-fi gratuito e aguardei meu vôo da madrugada lá, pois tive medo de me atrasar. No ano seguinte, dormi num hotel próximo ao aeroporto, coisa de menos de 10min a pé (Modern Don Muang Airport Bangcok Hotel, muito bom), mas deixarei para outra postagem. Os preços dos hotéis, custo com transporte, alimentação podem ser consultados na planilha de custos desta viagem. 1º Dia - Chegada a Bali via aeroporto Denpasar, rumo a Sanur
A chegada foi mais ou menos assim, vontade de gritar, virar cambalhotas, falar palavrão, ahhhhhhhhhh! estou em Bali. Como sou comportada, fiquei só na vontade. Só em pisar no aeroporto e passar pela imigração, ver o passaporte carimbado, cai a ficha: _Mamãe, estou em Bali! Bali já é uma lindeza desde o aeroporto. Lá mesmo no aeroporto, troquei uns dólares e fiquei milionária na Indonésia cantando I'm a millionaire de Bruno Mars. A-hahahaha! Peguei um taxi até o albergue em Sanur, custou 150mil rúpias a corrida. Fiquei no Cafe Locca Homestay, na época 100mil rúpias a cama em quarto compartilhado. O albergue fica em Sanur e de lá pude ir a pé a praia (não são das mais atraentes), restaurantes e comércio local. Há várias casas de câmbio, mercado, farmácia etc. O quarto é bem grande e dei muita sorte com meus companheiros de quarto. No meu quarto conheci uma alemã que partiu comigo no dia seguinte até Nusa Lembongan (reservamos os bilhetes a N.Lembongan num quiosque na orla próximo ao hostel, depois descobrimos que poderíamos ter feito pelo albergue também kkk). Fome batendo, fomos almoçar num restaurante que fica na esquina do albergue e experimentei uma jaca ensopada que estava uma delícia. Eles cozinham a jaca como se fosse repolho nos ensopados de carne. A tarde, chegou uma argentina e fomos passear na praia e pelas redondezas. A noite, chega um francês divertidíssimo que nos levou a um bar fantástico chamado Man Shed. O bar tem uns carros e motos antigos como decoração e mobília. O tampo da mesa é uma peça de um carro, os assentos são de moto, coisas do tipo. Quem for a Sanur tem que visitar este bar. Com almoço, janta, consumação no bar, gastei ao todo, 100mil rúpias. 2º Dia - De Sanur a Nusa Lembongan
A van nos pega no hotel de Sanur, leva o pessoal para agência, onde pagaremos os bilhetes e por fim, nos leva ao local de onde saem os barcos. Não sei explicar como chegar a esse local, muito menos onde era. A-hahaha! Nessa brincadeira, saímos 07h30 do hotel e chegamos 11h00 em Nusa Lembongan, conforme o prometido. Foram pontuais. E a chegada a Nusa Lembongam é a coisa mais linda, aquela água azul clara, o céu limpo, areia clara. Lindo demais. No bilhete estava incluído o transfer de Jeepney, ou seja, caçamba de Toyota até a hospedagem. Dividi quarto com a alemã de Sanur, um colega alemão que ela conheceu em Sanur também. Ficamos no Mainsky Resort. Pelas redondezas, um restaurante mediano custa em torno de 3 dólares a refeição completa e um mais top, em torno de 10 dólares. Aos amantes das ondas, o pessoal pagava um senhor que levava numa embarcação motorizada até os pontos interessantes para surfar e voltava mais tarde remando mesmo, a não ser que combinasse o retorno. 3º ao 4º Dia - Em Nusa Lembongan Curtir, curtir e desfrutar. A praia é linda, o ambiente é muito agradável, conheci pessoas sensacionais. A atmosfera do local é aprazível. Não dá vontade de vir embora. A ilha é uma delícia. Se perder pelas ruas de Nusa Lembongan, experimentar os restaurantes e bares do local, modificar os pontos da areia onde se curtirá a praia é uma obrigação. Adorei tudo: meus parceiros de quarto, o canadense que instalou o Indonesian no meu tablet, o outro canadense que apareceu com o violão para alegrar a noite, o brasileiro de Garopaba que presenteou a cada um com um pau de incenso cheirosíssimo que perfumou minha bolsa até o Brasil, o australiano que contava diversas histórias engraçadas e ainda me doou meio quilo de protetor solar (essa foi sensacional, meu protetor havia acabado e ninguém sabia. O cara me pede um pote para que eu enchesse com um protetor solar lá da Austrália. Levei minha garrafinha de 500mL de água e ele encheu todinha com o protetor. O protetor era muito bom, cheiroso, cobre bem a pele, de uma textura exemplar. Pena que acabou!). Ah! Não posso me esquecer de um outro australiano agradável, que até hoje é meu amigo de Facebook. Eu achei os australianos muito parecidos com os brasileiros, são alegres, comunicativos, amorosos e gentis. Nunca fui a Austrália, mas tenho ótimas referências. 5º Dia - De Nusa Lembongan a Bali
Tomei meu café da manhã e parti para Padang Bai. A recepcionista do hotel contratou para mim na noite anterior por 150mil rúpias, um barco que me pegou em frente ao hotel, me deixou numa orla próximo a Padang Bai e de lá, partimos de van até o porto de Padang Bai. A viagem de Nusa Lembongan até Padang Bai é feita naquela embarcação que parece uma aranha. Na mesma aventura, conheci nesta embarcação um inglês e um holandês. O holandês era idêntico ao jogador Neymar, mas com cabelo black power, usava uns fones no ouvido, escutava Carlos Santana e fazia questão de compartilhar isso, pois ele batucava no barco, se remexia e cantava alto até o fundo musical cantava. E nós, ríamos. A-hahaha! Ríamos sem parar. Foi divertida a viagem. Os dois eram muito agradáveis, foi difícil dizer adeus. Quase tirei foto com o holandês, era a cara do Neymar, mas fiquei sem graça. Já no porto de Padang Bai, eles pegaram a barca deles. E eu almocei, usei um locutório para acessar internet e telefone e fretei uma Topic, cujo motorista cobrou a corrida 155mil rúpias até Amed. Ele me deixou na casa de Fabien, um mergulhador francês que vive em Amed e eu havia combinado pela internet de visitar a região. Fabien, o conheci pelo CouchingSurf e ele voluntariamente me ajudou a montar o roteiro às vésperas da viagem. 6º Dia - Amed, o mergulho Fiquei alojada no Centro de Mergulho do Fabien (Bali Fab' Dive), que ele montou. Lá conheci um pessoal bacana que estava se certificando com o Fabien em mergulho. Os vizinhos do Fabien, sensacionais. O pessoal da obra que estava construindo a loja do Fabien também me receberam muito bem. Todos muito simpáticos. E de manhã cedinho, lá estávamos em Amed mergulhando, glub glub. Eu, no meu primeiro mergulho e morrendo de medo de decepcionar Fabien. Coitado, agarrei o braço dele todo o percurso e não soltei. E agarrei forte mesmo, até que me dei conta do que estava fazendo e o soltei. A-hahaha! Eu tenho problemas com águas profundas, estava com muito medo mesmo. Mas Fabien foi maravilhoso, instruiu-me muito bem, repetiu diversas vezes as orientações e foi muito paciente. A paisagem no fundo do mar é linda. Várias espécies da fauna aquática e uma embarcação antiga no fundo, combinando com os depósitos vulcânicos. Bem legal Enquanto o outro grupo fazia seu mergulho, decidi subir a estrada a pé. Adorei, conheci um pouco mais do território, tirei várias fotos, contemplei o vulcão Agung de longe, apreciei o local de diversos pontos e mirantes alternativos, isso mesmo, qualquer brecha no caminho vira um mirante. A paisagem é linda. A praia, devido a região vulcânica não tem areia, são detritos de rochas negras. Ótimo para estender a canga e se esparramar sobre as pedras quentes. A espanhola que estava comigo no alojamento do Fabien havia dito que a praia próxima ao Dive Center dele tinha o brilho noturno dos plânctons. Era tanta novidade, acabei me esquecendo. Terei que voltar outra vez para confirmar este fenômeno da natureza. 7º Dia - De Amed a Uluwatu
Fabien contratou para mim um táxi até Uluwatu e o motorista iria parando nos pontos turísticos. Não deu para ir a Caverna dos Morcegos (Lawa Bat Cave) porque estava tendo um evento no local. Passei pelo mesmo caminho da ida, pelos arrozais, pelas flores de lótus, pelos macacos etc, pela praia de Candidasa. Bem bacana essa praia. Se eu tivesse tempo, pararia um dia lá. Enfim, chegamos a Uluwatu. A primeira vista, paramos num hotel que fica em frente a uma das entradas da praia de Uluwatu e como tinha vaga, por lá fiquei. Hotel Guna Mandala Inn, bem perto da praia, quarto duplo, roupa de cama, internet ruim, ar condicionado, banheiro privativo. Jalan Melasti 73. Mesmo con a internet ruim, eu voltaria a este hotel. Ótima localização e aposentos. A estrada com os hotéis e restaurantes ficam no alto e você desce umas escadarias/rampas para chegar a praia. Uluwatu é repleta de brasileiros, acho que tinha mais paulista do que em São Paulo. A-hahahaha! Ah! O carro não sei como, atolou no asfalto, não sei explicar, não sei se era a inclinação do terreno, o povo que estava no hotel que teve que ajudar. Nem preciso dizer que os ajudadores eram brasileiros, estávamos em toda Uluwatu, parecia excursão. A-hahahaha! Bolsas no quarto, biquíni e protetor solar no corpo, Vamos a la Playa, ô-ô-ô-ô. No corredor do hotel, esbarro com uma francesa que seria minha vizinha de quarto e parceira de eventos por Uluwatu. Uluwatu é famosa e faz jus a fama: FENOMENAL, SENSACIONAL, IMPERDÍVEL. Não tem como ir a Bali e deletar Uluwatu. Até eu que não surfo, amei o local. A orla é curta. Os que não sabem surfar ficam na água até uma certa distância da areia. Passando desse limite, o salva-vidas apita e manda a pessoa retornar. Já os surfistas vão bem mais distante em suas ondas perfeitas. Até eu que não entendo, fiquei com vontade de surfar. A amiguinha francesa apareceu na areia, curtimos a praia e no fim de tarde, rachamos um taxi até o templo para admirar o poente. Pagamos xxxx para o taxista nos deixar no templo e nos levar de volta após o pôr-do-sol. Lá no Templo tem que segurar bem seus pertences, por causa dos macacos. Eu estava com a máquina fotográfica em uma das mãos e a capa dela na outra. Levei um susto. Um macaco tentou pegar minha capa. Dei um grito, sorte que eu estava segurando firme. Mas o macaco era sonso, porque eu passei por ele e ele fingia estar desatento, até mesmo cochilando. Animal calculista, quis me surpreender. Tem que ter muito cuidado. O que tinha de gente perdendo óculos, chinelo para os macacos, a-hahaha! No final, você ri. Os macacos são muito espertos. A-hahaha E depois que eles pegam, não tem mais como recuperar, ninguém alcança. No templo, tem que ir com as pernas cobertas. Na entrada, alugam umas cangas violetas para os de roupa inapropriada poderem ingressar no santuário. Quando se aproximar o horário do poente, procure seu espaço junto a mureta para admirar o sol e as quebradas de ondas perfeitas. Mágico momento! A noite, fomos a um churrasco na praia, com reggae ao vivo e passeamos pela rua do alto para jantar e prosear pelos bares, mercados e restaurantes da região. 8º Dia - De Uluwatu a Kuta Fui de táxi até os outlet de Kuta. É barato mesmo, você encontra roupas de neoprene, pranchas, acessórios, roupas, tênis, mochilas etc de tudo que é marca esportiva. Comprei mais coisas da Reebok, mas tinha Nike, Puma, QuickSilver, de tudo. São várias lojas na mesma estrada. Da última loja, peguei um táxi para o aeroporto. Paguei as 120mil rúpias de taxa de embarque para vôo internacional. E BRA-SIL-SIL-SIL! |
Planilha de custo
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