04 dias em Parapeúna e redondezas.
Tudo começou com a vontade louca de conhecer Santa Rita da Jacutinga- MG. Olha daqui, olha dali, encontrei o ponto de partida, Parapeúna, um distrito de Valença, divisa com Minas Gerais. A 189km do Rio de Janeiro, em poucas horas num feriado de carnaval no contra-fluxo, estava eu em Parapeúna. Saí do Rio de Janeiro às 09h e cheguei a Parapeúna por volta das 12h. Fui pela BR-101, BR-465, Piraí, Barra do Piraí, Valença com pedágio apenas em Belvedere/Seropédica tanto na ida quanto na volta. Não tem como correr muito porque as estradas são sinuosas e as rodovias passam por perímetros urbanos altamente residenciais. Todo caminho é asfaltado.
Hospedamo-nos na Pousada Rural Solar dos Passarinhos (http://www.solardospassarinhos.blogspot.com/). Fomos muito bem atendidos e superindico a hospedagem, limpa, a 2km do centrinho, bem-localizada para os que querem sossego. Era carnaval, e o centro de Parapeúna bem como de Rio Preto, cidades vizinhas, costumam ser bem barulhentos com música e movimento dia e noite. Bastava atravessar uma ponte que já se realizava a mudança de estados, RJ - MG. Alimentação: em Rio Preto-MG comida à mineira no restaurante Fundo de Quintal (na rua que tem o canteiro, comemos por 2 dias neste restaurante). Ainda em Rio Preto, ao lado do posto de gasolina, por 2 dias, comemos no Restaurante do Vilmar. Indico os dois lugares, com comida muito boa, local aconchegante e preço justo. De combustível, gastei em torno de 60L de gasolina aditivada para toda aventura. |
Relato da Aventura
1º dia - Fomos a pé a Cachoeira dos Maias que fica atrás da pousada. É um córrego de fácil acesso bem raso e que carreia um pouco de barro.
2º dia - Fomos de carro até Santa Rita da Jacutinga-MG. A partir do Centro de Parapeúna-RJ, seguimos a via da rodoviária, margeando o rio numa estrada de chão e chegamos ao asfalto. Seguindo a direita toda vida, na altura de Santa Isabel, viramos a esquerda numa espécie de trevo/rótula e lá estávamos em Santa Rita da Jacutinga. Muito linda a cidade, seguimos em frente toda vida e passamos por diversos ribeirões bem bacanas que dá para parar o carro e tirar algumas fotos das quedas d'água . No final da via, viramos a direita , chegamos a Bom Jardim de Minas-MG. Sempre optando pela direita nas bifurcações, chegamos na rodovia que liga Ibitipoca a Juiz de Fora, em vez de entrar na rodovia, seguimos adiante um caminho sem asfalto que levaria a algumas cachoeiras, a saber: Toca do Bichinho, Dois Córregos e Capoeira Grande e ponto de escalada Buraco do Inferno. Para acessar essa estrada de chão foi necessário atravessar a rodovia e isso exigiu muita cautela, pois a rodovia é movimentada e vem carros de todos os lados. Devido ao horário, conhecemos apenas a Toca do Bichinho. Na volta, nos perdemos, ficou tudo muito escuro, não encontramos a entrada da estrada de terra que leva ao Centro de Parapeúnas, as rodovias não têm placas, os nativos não sabiam qual direção da rodovia levava a Rio Preto, o GPS sem sinal, internet inexistente e sinal de celular idem. Como chovia muito e estávamos com medo de atolar na estrada de chão num lugar ermo e sem sinal de satélite e telecomunicação, preferimos depois de quase chegar a Volta Redonda, retornar 30km até a rótula de Santa Isabel e seguir a Rio Preto passando por Conservatória. Sim, chegamos a noite no Centro de Conservatória, passamos pelo Centro de Valença, onde paramos para tomar uma sopa e após andança de 200km, chegamos novamente a Parapeúna. Isso mesmo, rodei mais neste dia do que o percurso Rio-Valença. 3º dia - Exaustos, fomos a cachoeira do SOBEM. Local superbacana com espaço para churrasqueira. Pagamos uma taxa de uso por pessoa e usufruímos do espaço muito bem cuidado, tomamos banho de rio e admirávamos o gado pastando. Eu aproveitei o momento para ler meu livro que fazia bodas em minha estante. Mesmo tipo de rio da cachoeira dos Maias. |
4º dia -Em Rio Preto, seguimos uma ladeira próxima a praça Central rumo ao Funil. Ladeira acima, percorremos a Serra do Funil seguindo a intuição e nos deparamos com a Toca do Coelho. O Coelho nos recebeu muito bem e apresentou as instalações. Dotado de camping, estacionamento amplo, cachoeiras e poços, iniciamos o percurso a pé com uma hidromassagem natural. A pequena queda d'água refresca e renova as energias logo no início. Depois avistamos uma formação rochosa que parece um leão e outra que parece um gorila. A trilha se finda num poço com algumas quedas. Este poço lembra Ibitipoca devido a água avermelhada devido a geoquímica local. Aqui a água já não carreia barro como nas cachoeiras de Parapeúna.
TOCA DO COELHO - Rio Preto - Minas Gerais 5º dia - Nos esforçamos para retornar ao Rio de Janeiro, pegando a estrada para Conservatória a fim de conhecer o Ronco d'água, mas o lugar estava fechado infelizmente. Então pegamos estrada, uma baita chuva e enfim, Rio de Janeiro.
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