Fomos a Rabat de trem a partir da estação de Meknes que fica a 3 quarteirões do terminal de ônibus da CTM. Saindo da CTM para direita, em direção ao posto de gasolina, seguir adiante essa rua de mão-dupla com canteiro e virar na 3ª à direita. Há uma calçada central nessa rua e em frente a ela, já se vê a estação de trem. (www.oncf.ma) Para Rabat, tentamos fazer um circuito circular de 12 km passando pelos principais pontos turísticos. Circuito compreende em dois roteiros, um pela manhã e outro pela tarde: ROTEIRO 1, em ROSA, 3.70 km: MANHÃ Estação Rabat Ville - Parlamento - Jardim Botânico - Biblioteca ROTEIRO 2, em VERMELHO, 7.85 km: TARDE Esplanada+Royal - Necrópolis - Mausoléu Mohammed - *** - Oudayas - praia - Medina - Estação de Trem ***: Torre Hansen, Souk, Mercado em Salé em amarelo, entram aqui nesse roteiro. Quilometragem não estimada. Bem, Rabat, por uma acaso encontramos o prédio do Turismo. Daí, conseguimos pegar uns folders. Porém, eles ajustaram os mapas para caber nos catálogos, daí, com a desconfiguração nem mesmo os marroquinos se localizavam nos mapas. Chegou um ponto que já perguntávamos onde era a estação de trem e o mar. Na pior das hipóteses, essa foi tensa! Duas mulheres nos deram a informação errada e eu resolvi seguir o bom senso e EUREKA! Acertei em cheio, seguimos o vento frio, pois a tendência é que a brisa marítima percorra contra o continente. Para ver a que pontos chegamos e deu tudo certo. Todavia, encurtamos nossa estadia em Rabat porque era Ramadan e todos os restaurantes estavam fechados e nós, morrendo de fome. Até tinha uma padaria, mas precisávamos de sustância. Assim, passamos nos locais de maior interesse e rumo a Marraquexe prender o cartão do banco no caixa eletrônico. Eu estava cagada de urubu no dia. A-hahahahaha!
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De Tinghir fomos a Rissani de petit taxi (500Dh a corrida) porque perdemos o ônibus para Merzouga. Dá para saber que o deserto está perto porque é aerossol que só. Uma névoa de areia no ar, imaginem uma neblina de areia, é tipo isso. Chegando em Rissani, fomos a Merzouga conhecer o Saara pelo Erg Chebbi de carona. Pessoal muito prático. Foi assim: ligamos para o hostel em Merzouga que conhecia um cara de bicicleta em Rissani. O cara de bicicleta em Rissani parou um turista alemão que estava de carro e nos deu carona até a entrada do hotel em meio ao deserto. Parados no deserto, aparece os meninos do hotel numa pick-up e nos leva até o hotel. Foi desse jeito mesmo! Sem ninguém entender nada, inclusive os alemães não entenderam nada. Mas chegamos. Ficamos hospedados no Hostel Erg Chebbi, que fica aos pés da duna Erg Chebbi. Pessoal muito agradável e lugar aconchegante. Só demos azar porque no dia que chegamos, deu pau no gerador e estávamos sem luz. Ao mesmo tempo, demos sorte porque estava nublado. Pois mesmo à noite faz um calor tremendo. Fomos no verão, 50ºC na cuca. O que posso dizer do deserto, SENSACIONAL. A noite, MARAVILHOSA. O céu , as estrelas, coisa de cinema. Sonho realizado. Muito bom mesmo. Para pernoitar no meio do deserto mesmo ou andar de camelo, o próprio pessoal dos hotéis sempre conhece alguém que faz esse serviço. De Merzouga para Rabat, os meninos do hotel conheciam um senhor que tinha carro e nos cobrou 40Dh para nos levar até Rissani. Em Rissani, pegamos um ônibus da CTM até Meknes. Em Meknes, pegamos um trem até Rabat. De Rissani, só elogios. Fomos muito bem recebidos pela população. O povo gosta de puxar assunto e receber bem as pessoas. Até quando estávamos parados aguardando o ônibus tinha um ou outro que queria praticar o espanhol e o inglês. Encontramos mais gente que falava inglês e espanhol de Rissani a Merzouga do que em Marraquexe. Nas duas passagens nossa por Rissani, todos foram muito educados e atenciosos. Chegamos em época de Ramadan e ainda pudemos vivenciar a cultura local. Há várias caixas de som pelas ruas que ecoa as coisas que passam na mesquita. No pôr-do-sol, a cidade esvazia ao som do toque da Mesquita. Quando passamos de ônibus rumo a Meknes, estavam todos os homens na mesquita cumprindo suas tradições do Ramadan. Falando em tradições, as mulheres de Rissani foram as mais tradicionais que vimos, usam roupas escuras e só dá para ver os olhos. O véu cobre todo o cabelo mesmo. Em Zaida, o modelito das roupas eram mais modernos, pareciam mais caros. Até chegar a Meknes, passamos por Erfoud, Errachidia, Zaida, Midelt e vimos vários Marrocos. Várias vestimentas, estilos de casas, várias culturas. Ruas e bares lotados à noite, não sei se pelo Ramadan quando só se pode comer após o poente, se pelo calor ou se é sempre assim. Confesso que deu vontade de descer do ônibus e interagir com o povo em cada cidade. Se eu tivesse tempo e dinheiro pararia em cada uma dessas cidades para fazer um lanche. Em Midelt, eles moíam a carne na hora e a temperavam, daí, prensava-se na grelha e vendiam essa kafta no pão por 30Dh uma porção para uma pessoa. Mas havia vários tipos de porções e as carnes são pesadas na balança na hora. Todos levam a mesma quantidade. Tudo muito organizado. Eu quis comprar, mas fiquei com medo do ônibus partir. Mas se você sair logo do ônibus e pedir sua kafta, dá tempo até de comer no local. Erfoud e Errachidia, só passamos de taxi na ida e de ônibus na volta. Mas gostei do ambiente. Muitas quitandas com vendas de frutas , inclusive ao ar livre, ruas lotadas e desertos também. A estrada é cansativa, pois é um descampado sem fim. Há uma parte bem interessante em que observamos a terra invadir a estrada com o vento. Chega uma parte que olhamos para frente e só vemos um horizonte de pó de areia pois nem as nuvens dá para ver, só uma neblina de terra em suspensão. Palmeiras do Todra De Ouarzazate pegamos um ônibus CTM para Tinerhir Assim como na vinda de Marraquexe a Ouarzazate, o ônibus passa por inúmeros Kasbah bem bacanas. A paisagem é muito atípica, você vê as casas berberes, o relevo, os caminhões pernoitando no meio do nada para fazer chegar uma Coca-Cola no deserto, carros passando com bombonas de combustível porque boa parte da via não tem posto, o pôr ou o nascer do sol. Vale a pena cochilar e acordar no meio da viagem. Havia outra opção, ir ao Centro de Ouarzazate, onde ficam vários taxi e fretar um petit taxi até Tinerhir. De ônibus e mais barato e mais confortável por causa dos bancos, ar-condicionado etc. Pois a viagem é longa, leva algumas horas. No Centro de Tinerhir, em frente aos Correios, atravessando a pista e subindo a rua em frente, há uns taxi que você pode pegar para ir até o Vallèe du Todra (custou 150Dh ida-e-volta). O atendimento em Tinghir foi ótimo e as pessoas muito simpáticas. Se nós tivéssemos tempo, passaríamos ali com mais calma. Antes de chegar na garganta, temos na estrada uma vista muito linda das famosas Palmeiras do Todra. Alguns metros depois, chegamos a beleza geológica que é a garganta do Todra com suas águas correndo ao meio. Havia no dia muitas famílias e amigos se deleitando do espaço. Puro lazer e calmaria. Deu dó no coração ter que ir embora sem poder desfutar mais daquelas águas. Pela foto ao lado , deu para ver que eu estava megacansada. Viajar cansa! A-hahaha! Mas adooooro! Voltando ao Centro de Tinghir, perdemos o ônibus para Merzouga, então fomos de petit taxi de Tinghir a Rissani via Erfoud e Errachidia. Na praça principal, agora ao lado esquerdo do posto de Correios, foi onde pegamos um taxi para Rissani por 500Dh, pois o ônibus da Supratour já havia partido. Foi preciso se identificar no posto da polícia marroquina e mostrar passaporte para preencher o formulário dele de controle. Não sei o porquê, mas foi assim. E lá de Rissani, fomos de carona até Merzouga. A ideia era o pessoal do albergue pegar a gente em Rissani, mas eles eram mais alternativos que a gente e arrumaram essa carona com uns alemães. De Marraquexe fomos a Ouarzazate de ônibus pela empresa CTM (www.ctm.ma) A empresa Supratours também faz o serviço (www.oncf.ma) O ônibus tem ar-condicionado. Chegando a Ouarzazate, fomos ao estúdio de cinema. Para chegar no estúdio de cinema: O ônibus de Marrakech passa em frente, mas não sabíamos. Senão teríamos solicitado ao motorista para nos deixar próximo. Do terminal da CTM pegamos um petit taxi, um tipo de taxi coletivo da CTM até o estúdio por 20Dh/pessoa. Há dois estúdios , um colado no outro e os tickets são vendidos no hotel na entrada do estúdio, que é a recepção do Oscar Hotel. O hotel fica dentro do Atlas Films Studios a 3km do centro da cidade. Visitação com guia incluso no preço da entrada. - Atlas Corporation studios: http://www.studiosatlas.com/visite.html. Entrada do estúdio: 50Dh. Funcionamento: 8h30-16h45. Entrada para mais de 10 pessoas: 35Dh cada. - CLA studios: http://www.cla-studios.com/. Entrada:40dH. Horário de 8h00-18h00. Sobre os estúdios, lá, gravaram Gladiador, Cleópatra e outros filmes que eu conhecia de nome e não me lembrava de uma cena . Eu não costumo guardar cena de filme, nome de ator, mas é bem legal o lugar. Quem é apaixonado por cinema, vai gostar. Para quem vai com criança, também acho legal levar. A guia foi muito simpática e como chegamos cedo, tivemos orientação VIP. Quando terminou a nossa, já havia um monte de gente, mais de 10 pessoas aguardando a guia. Ou seja, melhor chegar cedo. A orientação pode ser em francês, árabe ou inglês. Amante dos desertos, decidi conhecer o Saara. Na verdade, meu coração pulsava Saara desde 2009, mas naquela época fiquei só na vontade. Em 2012, morando na Espanha por alguns meses, as areias do Saara se tornaram realidade, pois apenas o Mediterrâneo nos separava. O roteiro da viagem foi montado em poucos dias com a ajuda dos Couchsurfing Marroquinos. Eles foram excelentes!!! Me deram todas as dicas de onde pegar ônibus, trem , táxi, tudo e mais um pouco. Superatenciosos e faziam tudo de coração. Me apaixonei pelos marroquinos, pela proatividade e hospitalidade. Tive algumas decepções também, mas prefiro enfatizar a maioria. Enfim, transformei meu francês básico em intermediário 10 dias antes da viagem através de uma apostilinha que eu tinha em casa. Saí falando nós vai e nós vêm. Consegui um parceiraço de mochila dias antes da viagem pelos Mochileiros.com. Pra variar, fiquei pobre lá porque meu cartão ficou preso no caixa eletrônico. Prefiro não comentar como o foi o atendimento, só não chamei a polícia local porque o nº 19 - Emergência policial não funcionava nem no telefone público nem no celular e o meu vôo de volta sairia em poucas horas. Fazendo o saldo de tudo, a viagem foi um sucesso. Pois em todo o circuito encontramos pessoas que nos receberam muito bem com sua cordialidade, prestatividade, proatividade e simpatia. RESUMO: Roteiro: Marraquexe x Ouarzazate x Tinerhir (valèe du Todra) x Rissani x Rabat (via Meknes) x Marraquexe Transporte: Trem, Petit taxi e ônibus (nada de agência. Tudo independente graças aos marroquinos do Couchsurfing) Gastos (transporte, hospedagem): 1000 Dirhan ~ 90 Euros Duração: 5 dias
Em Marraquexe - Transporte Do aeroporto ao Centro (vice-versa): Chegando no aeroporto, existe o ônibus linha 19 já na porta do aeroporto e os taxi. Esse ônibus custa 30 Dh/trecho ou 50Dh/ida-e-volta. Na ida, pegamos o ônibus linha 11, no lado de fora do aeroporto. Saimos do aeroporto beirando a calçada esquerda até chegar a avenida principal. Atravessamos a pista e pegamos o ônibus em frente a uma oficina mecânica. A empresa é Alsa e custa 3,50 Dh. Há quem vá a pé, mas com mochila nas costas e o sol de Marrocos, acho uma má idéia ir do aeroporto a cidade a pé. Na volta, o motorista do taxi cobrou 30Dh da estação de trem até o aeroporto. Eu paguei mais de 30, porque havia combinado isso antes. Mas o taxímetro marcou quase 30Dh mesmo. O ponto final dos ônibus ficam em torno da praça Jaama el Fna, a principal. Da estação de trem e rodoviárias ao Centro (vice-versa): Os ônibus 19 e 8 passam na estação de trem e saem da Praça Jaama el Fna. Os da linha 19, como vão ao aeroporto, você deve descer no ponto próximo a estação de trem. Ele passa em frente a estação. Eu não lembro se o 11 passa. E não sei se esse 19 faz paradas, pois não o usei, apenas vi passando na rua. O da linha 8, pára na estação de trem e em frente a Supratours (terminal de ônibus dessa empresa) e próximo a CTM (terminal de ônibus dessa empresa). Se quiser ir até a estação de trem, ele passa ao lado e o ponto é em frente a Supratours. Para CTM, terá que descer um ponto depois ou andar mais dois quarteirões, uns 7 minutos. Da Supratours a CTM, atravessar a pista, pegar primeira esquerda, depois primeira direita e andar até a CTM. Pois o terminal da CTM fica numa rua paralela a Supratours em direção oposta ao Palácio Royal e Estação de Trem. De Marraquexe a outras cidades: Ônibus da Supratours e trem: www.oncf.ma Ônibus da CTM (foi o que usei. Confortável e tem ar-condicionado): www.ctm.ma Em Marraquexe - Onde Comer: Eu comi um cordeiro com batatas fritas num restaurante logo na entrada da Praça Jaame El Fna após os Correios. Só comi a carne e as batatas porque eram fritas. A refeição acompanhava arroz com açafrão e salada, eu preferi não comer por causa do tempero, pois não queria passar mal na viagem. Em toda viagem, eu comi enlatados. O atum enlatado tem que ler a embalagem, porque normalmente vem com escama. Os sucos em garrafa são deliciosos. Os biscoitos são bons também. Das franquias conhecidas: Há na estação de trem Mcdonald e KFC. Na agência Supratour tem Pizza Hut. Na praça Jaama el Fna tem...agora não lembro se era KFC ou McDonalds. Ah! Aceitam cartão no McDonalds. Tive que usar meu cartão de crédito do banco quando o meu pré-pago ficou preso no caixa eletrônico. Em Marraquexe - Onde ficar: Eu fiquei hospedada no Rainbow Beach Backpackers Hostel. Fiz reserva por esses sites de booking. Custou 5€ a diária. Café-da-manhã delicioso, excelente atendimento e tudo muito limpo. Fica na praça Jaama el Fna. Todavia, melhor pedir para alguém do albergue te buscar ou pagar para uns dos guias que fazem esse serviço na praça. Não adianta perguntar a ninguém, pois eles vão te indicar uns desses guias que vão te cobrar no final pela informação um valor mais alto que a diária do hostel. Os hostel são difíceis de achar pois a maioria ficam em becos às margens da praça. |